sexta-feira, 24 de outubro de 2014

"DESCORTIÇADO"

(Imagem Google)
O pavão abriu o leque!
 o galo quase perdeu o pio
 os cavalos puxam a charrete
 os barcos navegam no rio.

  Descortiçado aquele sobreiro,
 a cortiça, para fazer rolhas, foice
 grunhem os porcos no chiqueiro
  na parede a besta deu um coice.

  Do presente alarmante,
 virá no futuro incerteza
  de um passado preocupante
  fustigada nação portuguesa
  pelo vento de levante!
  (Eduardo Maria Nunes)

9 comentários:

  1. Descortiçado, para tapar as belas garrafas, que nos transportam até à nossa mesa aquele líquido precioso que só Portugal sabe fabricar!
    Também passei por aqui, para te abraçar.

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  2. Gostei muito do seu poema, Eduardo.
    Tenha um bom dia.
    Beijo*

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  3. Passando para deixar votos de bom fim de semana, encontrei um sobreiro descortiçado e um poeta frustado com a politica portuguesa. Navego no mesmo rio...
    Um abraço e bom fim de semana

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  4. Isto é que é verdadeira poesia alentejana, Eduardo!
    Que se salve a cortiça que tampa as garrafas do também muito bom vinho alentejano.
    Quanto à política portuguesa nem vale a pena dizer mais nada.
    xx

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  5. O Alentejo e a sua força!

    Bom fim de semana, meu amigo.

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  6. Também eu fiquei como o sobreiro. Joguei no euromilhões os últimos 10€ que tinha no bolso e não me saíu nada!

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  7. Poeta gosto do teu estilo, é uma delícia ler teus poemas e acompanhar o teu raciocínio ao escrevê-los sei que nele sempre haverá uma mensagem, como esta neste delicioso poema, como será tudo no porvir? É não vejo boas perspectivas, bjos Luconi

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  8. A fustigada nação portuguesa
    está a ser descortiçada
    a valer por este bando
    que está no Poder !

    Bom fim de semana, meu amigo :)

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