quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

"NA RIBANCEIRA"

Bem se sente no corpo,
nas tardes quentes de verão
nesta vida sem retorno
sopra o vento do suão.

Suave na primavera,
sopra o vento, o sol brilha
no inverno o frio refresca
 a água dentro da bilha.

Na bilha feita de barro,
no exterior tem uma pega
fresca bebida pelo cocharro
abençoada a alma refresca.

Sem mais nada na agenda,
para hoje e sempre vos fazer rir
quem mais anda mais desanda
sem daquela negra poder fugir!

Daquela nuvem negra,
digo, passageira do tempo
derramando água na ribanceira
eu a vi para o rio correndo!

Não estou não mentindo,
só estou, aqui, imaginando
nem zangado nem sorrindo
porque estou descansando!
(Edumanes)

10 comentários:

  1. O que é "cocharro" meu amigo alentejano?
    Kis :=}

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    Respostas
    1. O corracho é feito de cortiça,
      do sobreiro-chaparro tirada
      para o alentejano beber água
      tirada na fonte sem preguiça!

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  2. Continue com sua bela imginação e descansando.
    Eum abraço.
    Élys

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  3. E ainda se queixam com falta de água no Alentejo!
    Espero que não chova para começar a semear as minhas batatas.

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  4. A imaginação do poeta é tão grande quanto o Alqueva. Quando eu for grande quero ser assim, amigo
    Um abraço

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  5. Um poema espetacular, adorei!
    Um abraço
    Maria

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  6. Um cocharro, um púcaro, um caneco, ou até as mãos em concha serviam para beber água quando tinha sede no verão. Fresquinha dentro da bilha de barro sabia melhor, isso nem se discute.
    E da negra vamos fugindo enquanto pudermos!

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  7. Meu caro amigo poeta Eduardo, descansar é bom. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.

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  8. Derramando água na ribanceira, eu a vi para o rio correndo, isto são boas noticias para um Alentejo ressequido.
    Um abraço e bom fim-de-semana.
    Andarilhar || Dedais de Francisco e Idalisa || Livros-Autografados

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